E foi o debate sobre os reflexos da Reforma Trabalhista que tomou conta da reunião.

"O momento não poderia ser mais crítico. A imprensa só falou da retirada da contribuição sindical e não informou as mais de cem retiradas de direito", lembrou o presidente da central estadual, Osvaldo Mafra.

A bancada dos metalúrgicos lembrou da comissão de fábrica, que será criada para negociação em empresas com mais de 200 trabalhadores. Tirando de vez o poder de negociação salarial que antes era feito pelos sindicatos.

"Além de abrir a livre negociação, a comissão composta por alguns trabalhadores não terão muito poder, já que não terão estabilidade e vocês acreditam que eles irão cobrar o empresário? se fizerem greve serão presos e demitidos", defendeu o presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de SC, Ewaldo Gramkow.

Foi consenso entre os presentes que o maior problema é a flexibilização e a retirada absurda de direitos dos trabalhadores, a contribuição sindical foi só consequência de mais um interesse dos empresários de tirar a representatividade dos trabalhadores, que não terão mais homologação após a saída da empresa e nem o respaldo na hora de receber a rescisão trabalhista.

Para amenizar os impactos da Reforma Trabalhista, a Força SC irá reunir todas as entidades filiados no próximo mês para uma palestra que vai falar sobre os aspectos jurídicos e a forma que os sindicatos terão para se reinventar, cativar os trabalhadores.

"Há sindicatos que só sobrevivem com a contribuição sindical e há outros que não, que com quadro de sócios terá apenas que readequar serviços oferecidos, mas para isso é preciso planejamento", orientou Mafra. "Mas de qualquer forma o trabalhador vai perder quando os sindicatos tiverem que reduzir o número de serviços".

Outra medida para atenuar os efeitos da reforma é a promessa do governo de uma Medida Provisória, no entanto nenhum diretor presente na Sede Recreativa do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Itajaí, em Penha, conta com isso.

"Não podemos esperar por esse governo, muito menos do Temer", destacou Alfeu Anastácio, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Timbó. "Os sindicatos terão que mostrar a força que tem e lutar por espaço".

FONTE: Assessoria de imprensa da Força Sindical-SC

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