Acontece nesta terça (10) à tarde, em São Paulo, o primeiro encontro do ano do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST). A entidade, fundada em 2003, reúne as Confederações Nacionais em cujas bases atuam cerca de nove mil Sindicatos. O encontro, nos Metalúrgicos de São Paulo, vai debater a conjuntura nacional e deve tirar uma agenda de ações contra as reformas neoliberais e anticrise.

A Agência Sindical entrevistou Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na alimentação (CNTA-Afins) e coordenador do FST. Ele diz: “Vamos ouvir os dirigentes das Confederações sobre os meios de enfrentar as reformas neoliberais do governo, que são muito agressivas contra os direitos trabalhistas”. A ideia, segundo Artur, é definir uma agenda de ações e mobilizações.

“As entidades precisam alertar as bases sobre a gravidade dos ataques das reformas propostas pelo governo devido a pressões patronais. Também defendo que o Fórum atue na frente política, buscando deputados e senadores para expor nossa posição ante as reformas e nossas propostas de superação da crise econômica”, adianta o coordenador do Fórum.

Uma das sugestões que Artur Bueno de Camargo levará à reunião do FST é organizar encontro com parlamentares. “Podemos fazer plenárias nas Assembleias Legislativas ou em regiões que sejam base eleitoral de deputados e senadores”, ele informa.

Foco – Para Artur, a ação do Fórum precisa ter foco preciso. “Neste momento, devemos concentrar ações em defesa da Previdência e no combate à reforma trabalhista neoliberal. Esse foco também facilitará ao trabalhador entender nosso discurso e os objetivos do Fórum”, comenta. E completa: “O elo com a base, ou seja, entre Confederações, Federações, Sindicatos e categorias, é fundamental”.

 

 

Miguel – Para o dirigente metalúrgico Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), além do enfrentamento de medidas nocivas aos trabalhadores, outros itens precisam ser encaminhados. “A defasagem nas tabelas do Imposto de Renda sobre salários vem provocando achatamento da renda. Setores de categorias que conseguiram repor a inflação subiram de faixa e, por isso, sofrem um desconto maior do imposto. Em vez de ganhos, acabam tendo perdas. Isso deve ser revisto com urgência”, alega.

 

FONTE: AGENCIA SINDICAL
 

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